quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

SANGO


ORIKI

Sángiri-làgiri,

Olàgiri-kàkààkà-kí Igba Edun Bò

O Jajú Mó Ni Kó Tó Pa Ni Je

Ó Ké Kàrà, Ké Kòró

S' Olórò Dí Jínjìnnì

Eléyinjú Iná

Abá Won Jà Mà Jèbi

Iwo Ní Mo Sá Di O

Sango Ona Mogba Bi E Tu Bá Wó Ile

Jejene Ni Mú Ewure

Bi Sango Bá Wó Ile

Jejene Ni Mú Osa Gbogbo

Que racha e lasca paredes

Ele deixou a parede bem rachada e pôs ali duzentas pedras de raio

Ele olha assustadoramente para as pessoas antes de castigá-las

Ele fala com todo o corpo

Ele faz com que a pessoa poderosa fique com medo

Seus olhos são vermelhos como brasas

Aquele que briga com as pessoas sem ser condenado porque nunca briga injustamente

É em ti que busco meu refúgio

Se um antílope entrar na casa

A cabra sentirá medo.

Se Sango entrar na casa

Todos os Orisa sentirão medo

Shango ou Sango, é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilaxebora e , através do assentamento sagrado denominado igba xango.

Pierre Verger dá como resultado de suas pesquisas que: Shango ou Xangô, como todos os outros imolè (orixás e ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino.

Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.

Shango, filho de Oranian, tendo três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.

Shango orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô
Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele o único Orixá que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns

Itan

Xangô criador de Culto a Egungun

Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um Itã:
"Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xangô não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e juraram vingança, em um certo momento em que Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava. Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino que até então era muito próspero, foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia matado sua filha, Xangô quiz saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos, assim Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o controle absoluto dos mistérios de Egungun (ancestrais), estando agora sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais."

Um dos elementos sagradosnde sango é a as rochas em geral principalmente a pedra de Edun Ará

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